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Redes Sociais e seu poder de mobilização

  • Redes104
  • 23 de out. de 2019
  • 3 min de leitura

A partir do final do século XX, com a disseminação da internet e da banda larga, houve um importante momento na nossa história de incorporação da Internet em nossas vidas cotidianas. Assim, com o avanço tecnológico, o uso do celular móvel e de dispositivos de desktop, passaram a ser moldados segundo o gosto, e a necessidade do mercado. Mas, antes de começarmos a discutir, é importante que fique claro algumas definições que serão discutidas no decorrer do texto:

  • Segundo a definição o nosso oráculo google, podemos definir que as Redes Sociais são uma estrutura social composta por pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que compartilham valores e objetivos comuns.

  • Outra definição também importante é a das mídias sociais como sistemas projetados para possibilitar a interação social a partir do compartilhamento e da criação colaborativa de informação nos mais diversos formatos.

  • Ciberativismo é um tipo de ativismo realizado por grupos politicamente motivados, que utilizam as redes cibernéticas — a Internet — para a realização, mobilização e divulgação de causas políticas, culturais, sociais ou ambientais.

Com isso esclarecido, podemos dizer que, na atualidade, já saímos do processo de adaptação, aceitação, e chegamos em um questionamento, quais as relação que as redes sociais e as mídias sociais nos trouxeram?

Com a difusão da internet, ocorreu, uma nova alteração na forma de fazer as relações. Essas relações antes feitas pessoalmente, por meio de encontros, passaram a assumir um papel mais confortável. As redes ganharam uma nova dimensão na forma com que as pessoas poderiam se conectar com seus grupo, por meio das mídias sociais. Além disso, encontrar novos grupos, pessoas de qualquer lugar do mundo, e até mesmo fazer desses locais meios de mobilização.


Logo, esses meios, tiveram um caráter importante nas Jornadas de Junho de 2013 realizadas no Brasil: passávamos por um momento de grande instabilidade política, na qual os estudantes protestavam contra o aumento de 20 centavo na passagem dos transportes públicos. As pessoas por mediações das redes assumiram cargo de organizadores, comentaristas, e protagonistas do processo. O twitter e o facebook, segundo a BBC, foram agentes fundamentais durante esse processo. Assim, os espaços das redes passaram a ter um debate de cunho político mais forte e de diferentes pontos de vista, como exemplo a plataforma do Facebook, que no período teve uma taxa de participação de 70% dos brasileiros, promovendo interação em tempo real com os acontecimentos e incluindo a capacidade de mobilização de mais pessoas para o movimento.


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Dessa forma, podemos analisar segundo a compreensão de Lemos, em seu texto Things (and People) Are The Tools Of Revolution, que as mídias sociais, além de tornarem espaços onde o ciberativismo acontece, as redes acabam tomando função de agentes mediadores e também tradutores das ações em várias dimensões. Mas, vale problematizar. Até que ponto nossas ações de promover a mobilização do pensamento pode agradar ou desagradar “alguém”?


Vistos até o atual momento a discussão das redes com uma perspectiva mais positiva tratando-a como uma plataforma de pensamento e ações - conseguimos encontrar também alguns exemplos que vão contra a possibilidade de mobilização e posicionamento político. Nós brasileiros estamos assegurados, segundo a Constituição de 88, a livre manifestação do pensamento, todavia, parece que esse mesmo direito não está assegurado em outros países.

Os protestos recentes em Hong Kong, que começaram por causa de um projeto de lei sobre extradições para a China e depois expandiu-se para protestos acerca da manutenção de uma maior democracia contra a interferência de Pequim nos assuntos locais, revelam o potencial ativo das redes sociais nas revoluções atuais. Assim como na Primavera Árabe, os protestos em Hong Kong nasceram, foram capazes de mobilizar pessoas e veicular informações através das redes sociais.


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Não é a toa que a China já vem há alguns anos tomando medidas questionáveis para o seu governo, no que diz respeito a censura nos meios de comunicação. Com medidas de aprovação para os posts nas redes, veiculação de notas e informações sob orientação, permissão de acesso somente a sites locais, o governo acaba coibindo que ações como o ciberativismo aconteça, e acaba tirando o direito de mobilização dos agentes mediadores. Todo esse movimento, parte do entendimento do "actante" rede social como objeto que não serve somente de ferramenta, mas sim como objeto que está indissociável dos sujeitos revolucionários e por isso, é revolucionário em si.






 
 
 

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