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Conexão artificial

  • Redes104
  • 28 de ago. de 2019
  • 2 min de leitura

Num mundo ao alcance dos dedos das “Polegarzinhas” e “Polergarzinhos” de Michael Serres, ao imaginar redes sociais, o primeiro pensamento que vem na mente de qualquer pessoa é o ambiente que a tecnologia tem criado de relações, compartilhamento e informação. Mas esses tópicos são primórdios de uma comunicação que antecede a tecnologia ao alcance de nós.


Segundo Vilem Flusser, a partir do momento em que o ser humano começa a se comunicar, utiliza-se de um processo artificial, condicionando uma segunda natureza para construir a sociedade. Nos transmutamos para ser esse animal político pela necessidade de preencher a solidão, usando de artifícios como a fala para conseguir alcançar o outro, e assim, criamos redes. Como uma teia tecida para a sociabilidade, a humanidade compõe essa transição da primeira natureza que não carregava significados, quanto o mundo codificado em gestos feitos para nos conectarmos com as pessoas.


Antes mesmo de ganharmos espaço enquanto ser único no mundo, já somos envolvidos na comunicação e sentimentos entre a genitora e o bebê. Assim como há a comunicação com seres de todas as espécies. Mas o que nos difere? A língua e a troca, as relações tornaram a vida vivível, deram sentido à existência e impulsionaram a vontade. Mas onde estamos chegando com toda a tecnologia? Seria uma ferramenta, atualmente, em excesso ou necessária? Mudou a vida, trouxe descobertas, conhecimentos...


A esperança é de resistir ao efeito entrópico e se organizar para viver em uma sociedade que utiliza da comunicação como instrumento que produz informação com o diálogo e o compartilhamento no discurso, algo que Flusser diz constantemente em “O que é comunicação?”, através do espelho nos voltamos as Redes Sociais no mundo tecnológico, que utiliza e reinventa os meios de comunicação, através de aprimoramento no desenvolver da sociedade, os códigos só se expandiram.


A especialização do artefato precisou da cabeça, e hoje quem a ela manipula são “Polegarezinhas” e “Polegarizinhos”. Dessa forma, constrói-se um outro espaço que é habitado por uma geração transmutada, que inventa novo laço social, por isso Serres indaga em seu livro: “O que transmitir? A quem transmitir? Como transmitir?”. O saber se polariza, Serres conclui que: “Ele está agora por todo lugar, na internet, disponível, objetificado. Transmiti-lo a todos? O saber inteiro passou a estar acessível a todo mundo".


Do telefone fixo que discava internet nos computadores ao celular mais novo do mercado, com a procura da operadora que ofereça a internet mais veloz. Das cartas ao Orkut, MSN e SMS. Até chegar ao Whatsapp e chamadas de vídeo online. Do uso para diversão e utilidade ao vício. Onde as redes sociais podem nos levar? Seja bem-vindo ao nosso blog e compartilhe suas histórias mais curiosas com as redes.

 
 
 

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